segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Amor Cativo


O amor evoca tantas palavras belas
Saudade, paixão,
carinho, entrega, devoção...
Porém se tornam vãs, vazias
Quando na ausência
Quando o bem amado é inalcançável
Quando existem limitações
Quando difere o querer do poder...

O que me vem à mente é claro
Porém o pensamento é livre
A ação é escrava da razão
E esta última se esquece da emoção.

Ah, palavras.. liberadas pelo coração..
Entaladas na garganta..
Empurradas para o esquecimento..
Pronunciadas em secreto,
No segredo da solidão,
Sem atingirem o alvo:
O ouvido da mulher amada!

Ah, palavras.. falam tanto sem dizer nada.
Dizem tanto sem mudar nada.
São as mesmas, em peitos diferentes
São guardadas sem serem ouvidas
Machucam antes de curarem.

Doem em quem as seguram
Amargam a quem não as ouvem
Azedam antes de adoçarem
Açucaram sem serem provadas.

Não há o que dizer, quando falar é pior
Quando palavras doces machucam,
Quando gostar aprisiona,
O esquecer liberta.

Sigo assim, escravo cativo.
De palavras belas que me ardem no peito.
De doçuras cruéis que não causam alegria.
De pensar algo impronunciável
De amar o que não pode ser amado
Não pela natureza do ser
Mas pela insensatez do sentimento.

Sigo assim, cativo escravo.
De sentimentos belos que doem no peito.
De palavras não pronunciadas.
De sorrisos não oferecidos.
De abraços não envolvidos.
De você em minha vida.

Quem é o seu herói?

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