sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sleepless or Awake?



Chega um momento na madrugada que nossos pensamentos soam mais altos que o murmúrio do mundo lá fora. Os burburinhos, murmúrios, lamentações; a cacofonia viva que nos persegue, abafa, sufoca. Os pensamentos clareiam, convergem, encorpam e dão vida à idéias mirabolantes, impraticáveis, perfeitas e inalcançáveis.
Quantas pessoas atropelamos para obter nosso pedacinho de satisfação neste mundo? Quantos sonhos alquebrados? Pisoteados? Postergados? O sono passa, a mente desperta e então, no silêncio da noite escutamos mais do que queremos, mais do que ousamos. O coração se faz pulsar no ouvido enquanto um gosto metálico invade a boca e então surge um vislumbre de uma sanidade maior, de um entendimento mais amplo para esse picadeiro em que vivemos, onde todos desempenham seu papel com vivacidade e chegam a acreditar que é vida a que vivem, que é dor a dor que deveras sentem.
A perfeição do conceito. Temos paradigmas criados, parâmetros traçados, modelos exatos a serem perseguidos, imitados, absorvidos, vividos. Porém não nos é permitido tê-los. Almejamos coisas intangíveis, altas demais para serem alcançadas e a perfeição reside em coisas simples.. a matemática de uma flor, a arquitetura de uma abóboda celestial, a química de um rio.
Mas à noite, a escuridão clareia a mente.. vejo mais que os olhos, sinto mais que o coração. Vejo um conceito traçado. Mais elevado, porém nosso. Ingênuo? Um pouco. Louco? Bastante. É loucura procurar ser algo maior? É loucura perseguir algo que não se pode ter! Somos tão grandes quanto nos permitimos ser. Não pelo nosso próprio poder. Não pela força do querer. Mas por uma força maior do que nós que nos escolheu de antemão para fôssemos assim.
Tudo o que somos foi o que nos permitimos. Tudo que somos, é o resultado do que escolhemos a cada momento. Podemos escolher ter fé. Podemos escolher a sorte. Podemos escolher o destino Podemos escolher definhar nos erros do passado e terminar a vida reclamando do que poderia ter sido ou o que teria feito diferente. Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Mas colocamos nossa fé em alvos errados. Alguns acham que não a têm. Outros nem sabem que ela existe. Porém, não decidir já é decisão tomada.
Escrevo aqui apenas para fluir a escrita. Não pretendo convencer. Não pretendo pavonear. Apenas deposito aqui o que a mente produz.. para alguns bom, para outros sem sentido.
Não há como ver sentido sem ter sentido.. sentido o que senti. Cada toque, cada sussurro, cada abraço e beijo. Cada ato de fé, esperança. Toda frustração, raiva, alegria. Sentimentos nobres e abjetos. Tudo me trouxe até aqui. E daqui eu sigo. Não é como se nada tivesse acontecido. Os olhos não podem perscrutar a alma. Mas a dor que sinto é minha apenas. Eu a consegui por meus meios, por caminhos por mim escolhidos e traçados. Da mesma forma, consigo alegria onde ninguém vê senão miséria.
Uma noite quente.. brisa fresca soprando corpo. O peito nú sente o ar o circular enquanto caminho. Os pés avançam sem curso estipulado e a mente trabalha febrilmente. Mas não há cansaço. Não há esforço. O livre pensar não conhece horas-extras, prazos estipulados. Tudo isso, assim simples: uma noite acordado. Uma entre tantas. Não há insônia, não há falta de sono nem necessidade de dormir. Apenas uma leve sensação de ter que estar fazendo outra coisa qualquer. Deitado junto de alguém que me completa a vida. Mas não essa noite. Esta noite traz um despertar distinto de outros. Nunca se repetem na verdade, pois sempre nos encontramos em momentos diferentes e sempre nos levam mais ao longe. Para onde você vai? Quo vadis? O que realmente você quer? Até onde quer ir? Até que ponto? Que profundidade? Que distância? É neste ponto que escolhemos uma alternativa.. um caminho. Eu escolhi O caminho.

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A emboscada dos judeus - um herói inesperado Quando amanheceu, os judeus se reuniram e ...